Violência nas escolas

Até quando...
Até quando a educação e os educadores ficarão à mercê de tamanha violência como a protagonizada em Realengo, estado do Rio de Janeiro, deixando o país estarrecido e indignado?

Esse triste episódio abalou todos os profissionais da Educação, alunos e seus familiares, pois nos mostrou o quanto estamos suscetíveis à ação de pessoas desequilibradas, que adentram nossos espaços educacionais. Cabe destacar também situações de violência dentro das escolas e em seu entorno, no dia a dia (violência contra professor, ameaças, agressões, mortes) que muitas vezes não chamam atenção dos órgãos de imprensa e da sociedade por serem ações isoladas, que pouco chocam; apresentando-nos uma realidade que temos de enfrentar “sós”.

Mais do que nunca, precisamos de políticas públicas e investimentos consistentes, que sejam capazes de fazer frente a situações de extrema crise, promovendo gerenciamento preventivo, dando tranqüilidade em ações seguras e orientadoras ao corpo docente e discente das instituições educacionais. É imprescindível contarmos com a sensibilidade e o apoio da sociedade, mas é de fundamental importância que haja ações eficazes dos nossos governantes, pessoas nas quais por acreditarmos, elegemos. Essa comoção não pode ser apenas imbuída de sentimento momentâneo, esquecida com o passar do tempo, como já presenciamos de “camarote” tantas crises institucionais.

Que esse seja um triste marco, jamais esquecido; e por isso trabalhado para que não volte acontecer.

Procurar apenas respostas para a ação de um psicopata não trará de volta as doze crianças que tiveram suas vidas ceifadas violentamente, sem tempo para a realização dos seus mais recônditos sonhos. O que queremos é a mobilização de todos para olhar a educação com a seriedade que ela merece. Valorizar a escola e seus educadores, não apenas como meio de ensino-aprendizagem, mas como espaço rico de socialização, onde não deve haver lugar para inseguranças, fobias, tragédias e indiferença.

Prof. Marconi Burgath
Dir. Col. Est. Prof. Lysímaco Ferreira da Costa/Curitiba-Pr

Artigos relacionados

Alunos do ProJovem recebem palestra

Festa do Haloween